quinta-feira, 8 de março de 2012

Lugar de mulher é na... Arte!

Nada de fogão, tanque ou salão de beleza. Nada de máquina de costura, maternidade ou pilha de louça suja. Nada de luta, política ou loja de roupas. Lugar de mulher não é em lugar nenhum, e ao mesmo tempo em todos eles. Livre onde pode ter tudo sem ter absolutamente nada, onde cria a partir tanto do básico quanto do complexo, onde sua voz é genuinamente expressa.

Não me refiro a um lugar imaginário de história em quadrinhos habitado por apenas mulheres maravilha, nem acredito em forças sobrenaturais. Na própria vida real, onde tudo nasce e morre, temos meios mais acessíveis (e belos) que os superpoderes.

A literatura, a música, o teatro, o cinema, as artes plásticas e todos os demais trabalhos considerados arte genuína são apenas alguns deles - a partir da “tékne” (palavra de origem grega que corresponde à de origem latina "arte") e da capacidade de se criar algo (qualquer coisa), a mulher encanta e inventa.

O que seria de Frida sem seus autorretratos, de Clarice sem suas "Águas Vivas", ou mesmo de Audrey sem sua "bonequinha de luxo"? O que seria do mundo sem suas Janis Joplin, sem suas Fernandas Montenegro, sem suas Tarsilas e Lygias Clark? Mulher pode "servir" para inúmeras coisas, mas principalmente para ser livre e criar a partir disso. Seja graças ao fogão, à maternidade ou à luta por nossos direitos, temos capacidade de olhar com a calcinha e fazer arte desde a mais simples até a mais completa.

Do feijão queimado ao de melhor tempero, do cartaz rasgado à queima do sutiã, da pincelada à obra do MoMA - lugar de mulher é na arte. Mas, sobretudo, lugar de mulher é onde ela quiser.

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