terça-feira, 12 de junho de 2012

Dilma traiu o movimento.


Vinte anos após da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou, para os íntimos, Eco-92 vemos milhares de pessoas se agrupando na cidade maravilhosa para a Rio+20. O objetivo dessa nova conferência seria a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável. Olhamos pra trás e perguntamo-nos: O que foi feito?

Sustentabilidade, muito se fala, pouco se faz.

O desleixo de muitas nações para o assunto, que se viu nos últimos anos, vai se transformando em falácias bonitas que acobertam as explorações de grandes corporações. E a história que tentam apresentar nesse clima de “paz, amor e sustentabilidade” é a tal da economia verde.

Economia verde, que papinho. Eu gosto de usar a belíssima definição da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) sobre o termo: “Capiuma resposta do próprio sistema à crise capitalista e uma nova forma de aprofundar o controle e a financeirização dos recursos naturais”. Ainda me ouvirão falar muito sobre isso, tenho apreço por contos de fadas.

Sinto que a Rio+20 tentará passar essa falácia ao mundo. Em contraponto, temos a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, que é um evento organizado pela sociedade civil global. Esse movimento levanta bandeiras anticapitalista, anticlassista, antirracista, antipatriarcal, anti-homofóbica e anti (adivinhem?) ECONOMIA VERDE!

O território da Cúpula dos Povos será organizado de forma livre da presença corporativa e com base na economia solidária, agroecologia, em culturas digitais, ações de comunidades indígenas, quilombolas e movimentos das mulheres.

Já que começamos a falar de mulher, vamos terminar com a mulher mais importante desse país, nossa querida presidente Dilma!


Pô, Dilma! Tu traiu o movimento.

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