Vinte anos após da Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou, para os íntimos,
Eco-92 vemos milhares de pessoas se agrupando na cidade maravilhosa para a
Rio+20. O objetivo dessa nova conferência seria a renovação do compromisso
político com o desenvolvimento sustentável. Olhamos pra trás e perguntamo-nos:
O que foi feito?
Sustentabilidade, muito se fala, pouco se faz.
Sustentabilidade, muito se fala, pouco se faz.
O desleixo de muitas nações para o assunto, que se viu nos
últimos anos, vai se transformando em falácias bonitas que acobertam as
explorações de grandes corporações. E a história que tentam apresentar nesse
clima de “paz, amor e sustentabilidade” é a tal da economia verde.
Economia verde, que papinho. Eu
gosto de usar a belíssima definição da Articulação de Mulheres Brasileiras
(AMB) sobre o termo: “Capiuma resposta do próprio sistema à crise capitalista e
uma nova forma de aprofundar o controle e a financeirização dos recursos
naturais”. Ainda me ouvirão falar muito sobre isso, tenho apreço por contos de
fadas.
Sinto que a Rio+20 tentará passar
essa falácia ao mundo. Em contraponto, temos a Cúpula dos Povos na Rio+20
por Justiça Social e Ambiental, que é um evento organizado pela sociedade
civil global. Esse movimento levanta bandeiras anticapitalista, anticlassista,
antirracista, antipatriarcal, anti-homofóbica e anti (adivinhem?) ECONOMIA
VERDE!
O território da Cúpula dos Povos
será organizado de forma livre da presença corporativa e com base na economia
solidária, agroecologia, em culturas digitais, ações de comunidades indígenas,
quilombolas e movimentos das mulheres.
Já que começamos a falar de mulher, vamos terminar com a mulher mais importante desse país, nossa querida presidente Dilma!
Pô, Dilma! Tu traiu o movimento.
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