terça-feira, 20 de março de 2012

Receita de Bolo



2 xícaras de açúcar
1 xícara de manteiga
3 ovos
3 xícaras de farinha trigo
1 xícara de leite


Preaqueça o forno a 180ºC. Bata o açúcar com a manteiga até obter um creme liso, acrescente os ovos e bata. Alterne a farinha com o leite e continue batendo. Despeje a massa numa forma untada redonda de 22 cm de diâmetro e deixe assar por 50 minutos.

Obedeça corretamente as medidas e instruções e facilmente terá um bolo. Seguir receitas não é tão complicado, e é geralmente o caminho mais curto para se evitar acidentes na cozinha. Quem já se aventurou pelo mundo culinário sabe que dessa maneira nada pode dar errado, não é mesmo? Não mesmo. Doses a mais ou menos, tempo pra mexer, outro pra descansar, ou qualquer outro detalhe negligenciado, no final vai tudo para a mesma forma e... e ainda assim não será perfeito.
Mas se nem o bolo sai como se quer, como seria a receita da mulher perfeita? Açúcar, tempero e tudo o que há de bom*? E se alguém desastrosamente deixasse derramar o elemento X? E se o resultado da forma exata comesse a maçã do paraíso? O Professor e Deus são, cada qual em sua cozinha, perfeitos chef’s!
Talvez porque a graça dessa arte não está em seguir o que foi escrito, mas reinventar, errar, provar, e até deixar errado, por que não? Por mais estranho que seja, algum paladar irá se agradar. Assim são criadas as mulheres imperfeitas: adocicadas, amargas, apimentadas, agridoces; cada uma vinda de uma forma diferente; cruas, cozidas, geladas, refogadas. Umas mais sem gosto, sem graça. Outras mais temperadas, temperamentais.
Afinal, ninguém precisa dizer a temperatura ideal do seu forno, você é que deve conhecer seu calor. Cada uma deve saber sua dose e os temperos que lhe caem bem, e, claro, o melhor acompanhamento, para quando quiser ser o prato principal. É como diz meu pai (pois é, meu pai!): quem sabe cozinhar, não precisa de receita**.


Ps. * gentilmente cedido pelo Professor
** ou seja, nem adianta pedir minha receita pro meu pai

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