Dois mil e doze, o ano em que seis ex-companheiras de escola perceberam que tinham uma coisa em comum: Sempre estavam a chatear, desafiando pensamentos opressores. Nos mês de março desse ano que passou, essas meninas/mulheres resolveram transbordar suas chatices para o mundo e assim nasceu, de parto coletivo e humanizado, o Chatas de Atenas.
Mirem-se no exemplo dessas Mulheres de Atenas que durante o processo de construção da blogagem cresceram, debateram, polemizaram - construiram-se e se afirmaram juntas, deixando muitas amarras para trás. Seis seres pensantes de origens diversas, de falas diferentes, mas que na chatice se entendem.
Todo fechamento de um ciclo, de um ano, tem algum peso especial (ou não) e traz uma nostalgia estranha que sempre faz todxs de vítimas. Sendo assim, tomadas por esse contágio, não podíamos deixar de agradecer aqueles e aquelas que identificaram-se e se assumiram Chatxs esse ano. Então, nesse clima de "recordar é viver", listamos os textos que mais se destacaram neste ano.
Todo fechamento de um ciclo, de um ano, tem algum peso especial (ou não) e traz uma nostalgia estranha que sempre faz todxs de vítimas. Sendo assim, tomadas por esse contágio, não podíamos deixar de agradecer aqueles e aquelas que identificaram-se e se assumiram Chatxs esse ano. Então, nesse clima de "recordar é viver", listamos os textos que mais se destacaram neste ano.
Os posts de cada Chata mais lidos no ano
V a g i n a por Ananda Marques.
"Vamos falar de um assunto cabeludo e que por vezes é proibido nos papos de amigxs, um tema que causa riso ou repulsa, que é sussurrado e escondido. Vamos falar das vaginas. Estas criaturas que historicamente foram abafadas, reduzidas a recipientes. Se você tem uma, aproxime-se, há muito a descobrir. E se você não tem, venha também, presenciar o espetáculo que é a vagina."
"Não é novidade pra ninguém que vivemos numa sociedade heteronormativa, machista, homofóbica, lesbofobica, racista - adicione aqui todos os podres vergonhosos que ainda vemos por aí - e também, ciscêntrica [...] Precisamos questionar esse binarismo social que nos define ou como mulher ou como homem. Essa ideia dual, que parece simples e prática (pênis-homem, útero-mulher) se multiplica em vários outros determinismos nos âmbitos de identidade de gênero, sexualidade, dos papeis sociais e etc, gerando normativismos múltiplos que são resposáveis por algumas das amarras sociais que nos prendem."
"Parisiense, burguês, irônico, impressionista. Degas foi um dos tantos artistas que desistiu da carreira de direito para entrar na Escola de Belas Artes, e se destacava por certa divergência do seu grupo artístico. Da aversão à pintura ao ar livre à conciliação do "velho" e "novo" em sua obra, na primeira mostra de artistas impressionistas, graças a sua temática urbana moderna, recebeu as melhores críticas."
Memes de Facebook que nos fazem pensar...
por Jussara Jardim.
"Ter filhos já foi uma obrigação, hoje é um dom e um privilégio. Como tudo o mais, deve ser uma escolha [...] Hoje, com tantos recursos disponíveis, a maternidade não precisa ser uma imposição biológica (nem a menstruação é mais), deve ser uma escolha, consciente, como tantas outras que fazemos ao longo da vida. Parir não significa largar uma criatura no mundo, significa assumir uma responsabilidade, seja ela sozinha, para uma produção independente, ou compartilhada, com um parceiro ou parceira. Você se torna um pouco responsável pelo futuro. Por isso, o direito à escolha e à liberdade deve prevalecer SEMPRE."
"Em uma dada população, quando homens e mulheres são tratados em pé de igualdade e as mulheres não têm uma propensão migratória mais forte que a dos homens, elas são normalmente majoritárias. Essa tendência deveria valer também para países mais populosos, como Índia e China, mas não é o que se tem observado nas últimas décadas. Aborto seletivo de meninas, tratamento desigual entre os sexos, estatuto social secundário e más condições sanitárias, gerando uma supermortalidade feminina na infância e na idade adulta, representam um conjunto de particularidades que concorrem para o déficit de mulheres."
Coisa marlinda do mundo nosso 2012!! Que em 2013 tenhamos mais chatice ainda!
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